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Opaco modo, catapulta
até. Não fossem elas,
as vozes. Às vezes, os outros nomes.
As asas que usas sem te servirem.
Servem-me aos poucos, as tardes calmas
durante a tua ausência: afluentes por defeito
e por fracasso: pão para malucos,
é só dizeres o que te vem à cabeça.
Digo eu - cancelar uma cor velha,
encostada à tua mão morta.
Aquela mão de verdade.
Ida do uso
ao abuso da força:
os falsos negativos:
falsas, as falsas
fogueiras. Cegas, desde
sem saberes como
nem porquê

Crianças mortas
por aí. Doentes,
de olhos na lua.
Quem as fez
não merecer 
isto ou aquilo

(...)


Rui Baião, Balabela